Focos do incêndio

Bombeiros voltam a prédio da antiga Smed

Dois caminhões trabalham no rescaldo das chamas que, dois dias depois, ainda ressurgem na estrutura

Gabriel Huth -

Por: Cíntia Piegas. Júlia  Müller e Nicolas Vieira
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O Corpo de Bombeiros de Pelotas foi acionado novamente na manhã desta terça-feira (26) para conter focos do incêndio que consumiu o prédio da antiga Secretaria Municipal de Educação (Smed). Uma cortina de fumaça fez com que a Guarda Municipal (GM), que controlava o fluxo de veículos na esquina das ruas General Neto e Anchieta, chamasse a guarnição. Dois caminhões chegaram ao local por volta das 8h30min para trabalhar no rescaldo. O fogo recomeçou pela peça que fica pela rua Anchieta. 

Pela porta diagonal do prédio também foi possível ver um dos focos que deve ter sido provocado pela queda das toras de madeira que sustentavam o primeiro andar. Para apagar os resquícios de chamas, os bombeiros utilizaram mangueiras por três entradas diferentes. De acordo com um militar que atua no combate, a intenção foi resfriar as paredes e retirar o oxigênio entre os vãos de madeiras, fenômeno que mantém a combustão por causa da fumaça quente.

Investigação
Na segunda-feira, uma reunião entre Secretaria Municipal de Educação (Smed) e Secretaria de Planejamento (Seplag) definiu a equipe responsável por analisar a situação estrutural do antigo prédio da Smed, que incendiou na madrugada de sábado para domingo. Serão quatro profissionais, entre eles dois engenheiros indicados pela Seplag, um representando a Smed e um arquiteto designado pela Secult, já que se trata de um prédio inventariado.

O local segue interditado até que as causas do incêndio sejam determinadas pelo Instituto Geral de Perícias (IGP). Até então, as autoridades municipais estão impedidas de ingressar no local. Só então será possível que a equipe designada pela prefeitura concretize a avaliação estrutural sobre o prédio, para depois normalizar o trânsito no local e dar sequência ao trabalho de recuperação. Antes disso, sequer a colocação de tapumes e a liberação parcial do trânsito serão possíveis.

Segundo o secretário de Educação e Desporto, Arthur Corrêa, é impossível realizar qualquer laudo técnico sem adentrar ao local e, mesmo após a liberação pelo IGP, será necessário algum tempo para a finalização do relatório. "Foi pedido à equipe que finalize essa avaliação com o máximo de urgência possível, mas essas coisas levam tempo", afirma o secretário. Também não há previsão para a conclusão do laudo pelo IGP.

O fogo
Segundo o representante do Corpo de Bombeiros de Pelotas, major Gerson, o departamento foi alertado do fogo aproximadamente às 2h de domingo, quando um caminhão foi acionado e esteve no local. O major descreveu a ação como rápida e eficaz, e o trabalho da guarnição não foi prejudicado por falta de equipamento. "Temos caminhões com escadas prolongáveis que são eficazes para ações como essa; mais importante do que escadas são a técnica e a tática de combate ao fogo", afirmou o comandante.

As chamas voltaram com intensidade às 10h de domingo, quando novamente o Corpo de Bombeiros se deslocou ao local. Agora o caso é de responsabilidade do IGP, que apontará as causas do incêndio. Segundo o sargento Pablo Souza, responsável pela ação no local, as primeiras impressões indicam um curto circuito ou invasão durante a madrugada como possíveis causas. Entretanto, o secretário Arthur Corrêa rechaçou a primeira, destacando que nem mesmo instalação elétrica havia no local.

 

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